Novo Korfebol Brasileiro participa da Semana de Extensão do Instituto Federal do Rio de Janeiro
A Semanex, Semana de Extensão do IFRJ, deu início à sua primeira edição no dia 19 de maio, no campus Nilópolis. Organizada pela Pró-Reitoria de Extensão, o evento teve como tema as Políticas de Extensão e Produção de Conhecimento.
Para a primeira atividade, os professores Pablo da Cunha (campus Pinheiral), Thiago Ponce (campus Maracanã), João Guerreiro (campus Nilópolis), a Coordenadora Geral de Formação Inicial e Continuada da Pró-reitoria de Extensão, Amanda Carlou; e a Pró-reitora Adjunta de Extensão, Neli de Almeida, apresentaram o Plano de Arte e Cultura do IFRJ, discorrendo sobre o Programa Mais Cultura nas Universidades.
João Guerreiro conta que ter um plano de cultura foi essencial para o IFRJ pois criou uma meta a ser cumprida, e que isso é bom tanto para o curso de Produção Cultural como para todos os outros cursos, unindo as áreas de ensino. O professor de arte, Pablo da Cunha, relembra que com o surgimento de uma nova rotina de conteúdos no campus, brotou a vontade de implementar um curso superior de produção cultural para o Sul Fluminense, e por isso, aproximaram-se do campus Nilópolis.
Pablo também comenta que um grande erro cometido pelas instituições de ensino é não ver as atividades de extensão como pesquisa. “No momento em que houve uma aproximação das universidades, começou a ser atribuído um caráter de pesquisa, mas antes não tinha. A criação do plano de cultura é excelente, mas também é importante criar uma política de valorização da extensão no IFRJ, independente de editais ”- explica.
O professor de Inglês e também responsável pela área de literatura e poesia do campus Maracanã, Thiago Ponce, frisa que a ação de maior importância é tomar ciência do que está sendo feito nos diversos campi do IFRJ, estimulando uma troca. “Precisamos trazer a arte para um âmbito de maior seriedade, e não colocá-la como uma parte complementar, dentro de um evento acadêmico”. Aproveitando, Thiago também explica o projeto de escrita criativa “Travessias Poéticas”, que foi criado em razão da carência da escrita e de manifestação de sentimentos, gerando uma memória para todas as produções artísticas, seja ela música, cinema, dança, teatro, entre outros.
Outro ponto discutido na primeira atividade foi a criação de revistas para os campi, onde pudessem ser postados trabalhos de alunos e servidores, e que, de preferência, tivessem alcance nacional e não só interno. “As artes, dentro do âmbito acadêmico, ainda são uma lacuna a ser preenchida. A criação de um periódico seria eficiente na troca de conhecimento e poderia contemplar tanto o ensino, como a pesquisa e extensão” – finaliza Thiago.
Amanda, por meio de uma apresentação digital, mostrou o desenvolvimento nos campi e orgulha-se em dizer que esse portfolio é um trabalho de todos os professores. Neli completa dizendo que o plano tem como objetivo principal a criação de um polo de arte para todos, fazendo que haja um apoio mútuo.
Na solenidade de abertura estiveram presentes o e o reitor do IFRJ, Paulo Assis , o diretor-geral do campus Nilópolis, Wallace Vallory e a pró-reitora de Extensão, Ana Beja.
O reitor Paulo Assis agradeceu à professora Ana Beja, a CoIEE do campus Nilópolis e a todos os servidores da instituição que colaboraram com a realização da Semanex. Ressaltou também as realizações pela ProExt no plano da arte, cultura e empregabilidade – com a feira de oportunidades e estágio – e que estreitar as relações da comunidade com os projetos de extensão é uma ação trabalhosa, mas que deve ser priorizada pela instituição.
Do mesmo modo, Wallace Vallory deu as boas-vindas a todos os professores e alunos de outros campi e enfatizou a importância do evento no alicerce do tripé educacional – ensino, pesquisa e extensão, para que todos possam aprender e contribuir com a sociedade.
Ana Beja conta que o campus Nilópolis foi escolhido por ser o mais central e por possuir uma acessibilidade para cadeirantes, por exemplo, que nem todos os campi possuem, e que o evento reúne pessoas de diversos lugares do Brasil, contribuindo para a troca de experiências e provocando os alunos a participarem de novos projetos. “É um privilégio organizar um evento desse porte, com profissionais do IF de Brasília, Goiás, Rio Grande do Sul, e poder democratizá-lo para que todos tenham acesso. Ver o pessoal da robótica, a banda, os projetos de inserção social e políticas de inclusão só tem a acrescentar na formação”, diz.
Retomando discussões da primeira apresentação, a professora Elaine Monteiro, da Universidade Federal Fluminense (UFF), falou sobre a separação da pesquisa e extensão e sua desvalorização, na palestra “Extensão e produção de conhecimento”. Elaine também discorreu pelo tema da ampliação do acesso ao ensino superior, das políticas de ações afirmativas e do papel dos discentes junto às escolas e suas produções. Além disso, a professora exibiu parte de um documentário sobre o jongo e afirmou a importância da legitimação de quaisquer manifestações culturais e do “tratamento humano” que os participantes e entrevistados devem receber. “Tem muita gente que vai fazer documentário sobre alguma arte e depois nunca apresenta às pessoas envolvidas naquilo, às pessoas que realmente importam. É preciso entender que elas são sujeitos, e não objetos de pesquisa. Eles são os co-autores da obra”, completa.
O momento de descontração ficou por conta da apresentação da banda de professores e alunos do campus Duque de Caxias, que animaram a todos na quadra do campus com hits da música brasileira. Ainda neste momento, a aluna Julia Frauches, do 5º período de Controle Ambiental, campus Nilópolis, foi convidada a juntar-se à banda e soltou a voz com canções como “Wrecking Ball” da cantora norte-americana Miley Cyrus.
Durante o dia, alunos do curso de Automação do campus Volta Redonda expuseram seus trabalhos. Em 2009, por conta do envolvimento em Iniciação Cientifica, o coordenador do curso de automação industrial, Helton Sereno, juntamente com a coordenadora do curso de Eletrotécnica, Monique Pacheco, fundamentaram a ideia de uma equipe de robótica no campus, a Equipe Jaguar, atualmente, campeã mundial na categoria Dance Secondary.
A equipe expôs trabalhos feitos pelos alunos, como robôs de demonstração, inicialmente usados para uma exposição em Brasília. Esses robôs possuem bexigas em cima e são coordenados por controle remoto. Expuseram também “droides”, semelhantes ao usado na novela global “Morde e Assopra”, comprados e programados pelos alunos de automação para a competição de dança.
Dentre as sessões orais destacamos a apresentada pela prof. Vera Lúcia Rangel de Souza (IFRJ), “Catadores de material reciclável; um olhar sobre a perspectiva social, profissional e humana”; Annie Ramos, Meire Mércia, Bárbara Oliveira, “Brisa literária: produção cultural e literatura na biblioteca do IFRJ, campus Nilópolis”; Jupter Martins de Abreu Júnior, “Apontamentos sobre as atividades extensionistas envolvendo o projeto de música e Inclusão Social no bairro de sarapuí/DC; e alunos do curso de automação do campus Volta Redonda, “Equipe Jaguar: atividade extensionista”.
Simultaneamente, na quadra estava, os professores Cleando Rodrigues e Abner Coelho ministravam a I Oficina de jogos Cooperativos, instruindo os alunos no korfebol e freesby, respectivamente. A intenção do projeto, explica o professor Israel, do campus Paracambi, é promover uma maior integração entre os campi, a competitividade é incentivada de forma “saudável”. Junto no projeto estão os professores Edinho, campus Maracanã e ProEx; Leandro e Ana Beatriz, Duque de Caxias; Gabriel, Pinheiral; Edson Farret e Ingrid, São Gonçalo.
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