quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Amor a primeira vista

Primeiro contato com o Korfebol faz professor se apaixonar


Por Flávia Ferreira

“Conheci o Korfebol na Universidade Castelo Branco em 1998, na Disciplina Atividade Comunitária, como um jogo recreativo, e com regras e material adaptado”. Assim nasceu o amor de Marcelo Soares pelo Korfebol, que por ser muito pedagógico, começou a ensinar o jogo na Comunidade Fernão Cardim, realizando a integração de meninos e meninas na mesma equipe. Ele transformou o esporte, então desconhecido, no segundo do ranking de preferência na comunidade.

Após isso, Marcelo estacionou no Bairro do Méier com esse esporte, praticando inicialmente no Esporte Clube Valim, isso bem 2001 e 2002. “Primeiramente, amigos e vizinhos o praticavam”, disse ele. Esse esporte foi tão bem aceito neste bairro da Zona Norte carioca que, assim que foram para a quadra da PM terceiro batalhão, colocaram, em 1 mês, mais de 100 pessoas praticando.

Atualmente, Marcelo e sua equipe disseminação o esporte na área de Lazer Rua Dias da Cruz, o que resultou em sua primeira matéria para jornal de bairros Globo Zona Norte.

Como foi a receptividade destas para realizar o esporte?
A receptividade com o Korfebol é sempre 100%, até porque temos uma metodologia diferente para apresentar a modalidade, de maneira que todos ficam envolvidos e com vontade de jogar e praticar.

Qual tática usou para despertar o interesse pelo jogo?
Sempre gosto de realizar a parte prática, essa e a melhor estratégia para envolver as pessoas com o Korfebol, até porque e um jogo dinâmico, envolvente e de fácil aprendizado. Matérias na TV também ajudam, dão maior credibilidade a mídia influencia muito o brasileiro, fato que é
diferente para outras culturas.

Como você vê o esporte?
Eu o vejo como a razão da minha vida... o Korfebol faz parte de mim, eu sou o Korfebol eu vivo, eu respiro, eu como, eu transpiro Korfebol ele está na minha alma... cada cesta, cada pessoa que joga, quando consigo trazer pessoas que nunca gostaram de jogos com bola, quando consigo um obeso jogar, quando consigo realizar a integração de meninos e meninas, quando consigo fazer com que meninos de uma determinada facção em alguma comunidade se falem e fiquem amigos, quando consigo pessoas de terceira idade ou síndrome de Down jogar Korfebol, quando consigo fazer a Ana Maria Braga jogar... tenho certeza que estou no caminho certo. É como eu digo sempre “TEM QUE QUERER”

Por que o Korfebol tem tudo para ser um diferencial quando se fala em desenvolvimento físico? Além disso o que mais desenvolve?
O Korfebol desenvolve bastante a parte aeróbica de seu praticante, assim também como anaeróbia, dependendo das equipes que estiverem participando do grau de desenvolvimento e também de entrosamento, ou seja, o jogo pode ser muito veloz com o passar do tempo. Desenvolve muito aspectos cognitivos, psicomotores e principalmente o afetivo, por ser um jogo coletivo e não agressivo. É um jogo de estratégia e também com alguns detalhes que fazem da modalidade o esporte do futuro.

Quem pode e quem não pode jogar Korfebol e por quê?
O que é mais fantástico no Korfebol e que por possuir muitas regras pedagógicas o esporte possibilita a participação de todas as pessoas, mesmo que sejam sedentárias, baixa estatura, grande estatura... crianças, terceira idade. É o jogo da Democracia, todos são bem vindos não existe exclusão no Korfebol do Brasil. O jogo pode ser adaptado a qualquer realidade. Ex. diminuir ou aumentar a altura da cesta ou variar a bola (peso e tamanho) etc.

A algum tempo você pensa em montar um torneio universitário. Como surgiu a ideia de se montar esse torneio, uma vez que este esporte é de pouco conhecimento dos cariocas?
A Federação Internacional de Korfebol a IKF exigiu do Brasil a realização de um calendário esportivo com competições e eventos sobre a modalidade. Sendo assim, a melhor maneira de popularizar o esporte e divulgar no ambiente universitário. Iremos também arrecadar 1 kg de
alimento não perecível e será um Torneio para divulgar a modalidade e também para realizarmos nossa contribuição a parte social.

Quais faculdades participam deste torneio?
Iremos convidar as principais universidades priorizando também as que visitamos ao longo do ano. Serão as seguintes: UNIABEU, UNIGRANRIO, UNISUAM (Campo Grande, Bonsucesso e Vila da Penha), GAMA FILHO, CASTELO BRANCO, CELSO LISBOA, ESTACIO R-9, ESTACIO NOVA IGUAÇÚ, RURAL, UFRJ, UERJ, UNIVERCIDADE. Esperamos que pelo menos 8 instituições convidadas participem.

Como será feito o esquema de todo o torneio?
Resposta: Bem o torneio será realizado em um dia 29 de novembro sábado em local ainda a ser definido, provavelmente na Unisuam Bonsucesso, mas ainda estamos aguardando resposta. Caso não seja realizado por lá iremos buscar outras universidades. Pretendemos ter pelo menos 12 instituições participantes e pelo menos 12 equipes e também iremos arrecadar 1 kilo de alimento não perecível. As equipes participantes irão receber medalhas e as outras brindes onde estamos buscando parcerias para que possamos fazer
sorteios durante a competição.

Em quais locais ele será jogado e em quais locais é jogado atualmente?
Em 2009, iremos realizar um circuito pelo menos de 2 em 2 meses iremos realizar torneios como esse sempre arrecadando alimentos, brinquedos, material escolar, etc. Atualmente estamos realizando eventos na área de lazer do Méier. Rua Dias da Cruz todos os domingos de 10:30 às 13:30 hs, em frente a C&A e ... Caso não chova.

Quais regras serão usadas no torneio?
Iremos usar todas as regras oficiais a única coisa que não poderemos usar e o tempo oficial as partidas serão de 30 minutos, e estamos esperando o número de instituições que irão confirmar a participação para que possamos ter uma melhor idéia de como será o sistema de disputa.

Tem-se a ideia de disseminar o torneio para as escola primárias?
Sim em 2009 iremos realizar torneio no mês de Outubro entre as escolas e o segundo torneio universitário.

O que espera alcançar com esse torneio? Tem a pretensão de incluí-lo em graduações de Educação Física?
Esperamos popularizar o esporte mais rapidamente, já que estamos ensinando a modalidade para futuros professores... já que estão mais propícios a novas idéias e conceitos. Com isso o Korfebol irá ser mais reconhecido e praticado.