No último dia 5 de outubro o Professor Marcelo Korfebol esteve ministrando palestra sobre o Korfebol Brasileiro no Ciep Nação Rubro Negra, no bairro do Leblon - Rio de Janeiro. Cerca de 25 professoras do Colégio municipal, conheceram o trabalho realizado que beneficia o aprendizado da matemática
JOGO KORFEBOL BRASILEIRO AUXILIA NO APRENDIZADO DA MATEMATICA
Com dificuldades para integrar as crianças de uma comunidade carente nas aulas de Educação Física, no Rio de Janeiro, o professor Marcelo Bepi Soares resolveu apresentar um novo esporte ao grupo: o Korfebol. Brasileiro No jogo, as equipes são formadas por meninos e meninas. São proibidos o contato físico entre os jogadores e a marcação entre sexos opostos. "Ele abre espaço para quem foi excluído de outros esportes, e motiva as aulas realizando integração dos Gêneros. NO Korfebol Brasileiro a força não é essencial", diz o professor. A iniciativa deu tão certo que o Korfebol brasileiro faz parte do currículo dos alunos do Ensino Fundamental nos colégios, onde Soares atua. O que não se imaginava é que a prática conquistaria também um lugar cativo em salas de aula. É o que acontece no Centro Educacional Lins, onde as crianças de 1ª a 4ª série aprendem Matemática com as regras do Korfebol Brasileiro.
Como nenhum jogador pode tocar no adversário para roubar a bola, o esporte cria uma relação de interdependência e respeito entre os colegas do mesmo time no caminho percorrido até a cesta (leia abaixo as regras do jogo). Além de pensar juntas numa estratégia, as crianças conversam entre si para marcar os pontos. "É um estímulo ao raciocínio", diz Soares. Por isso, ao perceber a dificuldade de alguns alunos para entender conceitos de Matemática como os números pares e ímpares, ordem crescente e decrescente e tabuada, o professor adaptou tópicos da disciplina às regras do jogo. Na partida, quando fazem uma cesta, por exemplo, os alunos dizem em voz alta se o número da pontuação é par ou ímpar e, ao marcarem pontos, fazem a contagem direta e reversa dos pontos. "Isso facilita a absorção de assuntos que, basicamente, precisam de memorização", afirma a professora de Matemática da escola, Andréa Iavecchia Villardo.
O Korfebol Brasileiro também se destaca como um esporte ao alcance de todos, até dos mais gordinhos, de quem tem deficiência física ou pouca coordenação motora, uma vez que os deslocamentos não exigem grande velocidade e não há disputa de força. "O índice de atestados médicos diminuiu porque as crianças com dificuldades se sentem incluídas na equipe", diz Soares. Além disso, o equipamento - composto basicamente por duas cestas e uma bola - é simples e se adapta a qualquer espaço. "Quando chove, a gente dá aula dentro da sala e pode usar um balde sem fundo e uma bolinha de jornal ou de meia", explica o professor.
Como jogar Korfebol Brasileiro
O Korfebol Brasileiro é parecido com o basquete. Vence no Korfebol a equipe que marcar mais pontos colocando a bola na cesta. Como no handebol, os jogadores conduzem a bola com as mãos. O Korfebol é um dos poucos esportes coletivos mistos do mundo. Cada equipe tem quatro meninos e quatro meninas, divididos em casais. Outro diferencial: menino só marca menino, menina só marca menina. O mesmo vale para a defesa. Nesse jogo não existe dois contra um e também não vale contato físico.
A cada duas cestas, os times trocam as zonas. Ou seja, defensores viram atacantes e vice-versa. Isso permite que todos exerçam os mesmos papéis. "A troca de função também dá ao aluno maior experiência tática e motora". No segundo tempo do jogo, os times trocam de lado na quadra. A cada início do jogo e cesta marcada, a bola é jogada pela equipe em desvantagem a partir da linha que divide a quadra.
No Korfebol, quem recebe a bola deve parar e passá-la para o colega do time. Ninguém pode quicar a bola, driblar o adversário ou correr com a bola na mão. "Isso impede que um jogador 'fominha' tente resolver o jogo sozinho", diz o professor Soares. "O aluno tem que aprender a se deslocar sem a bola, buscando aproveitar melhor o espaço."
Na matemática
Segundo Soares, há conceitos de Matemática que podem ser facilmente absorvidos no Korfebol Brasileiro pelos alunos que têm dificuldade de aprendizado na sala de aula. Para ensinar o que são números pares e ímpares, o professor define qual a pontuação máxima que os alunos devem fazer para vencer uma partida. As crianças dizem se esse número é par ou ímpar e vão à luta. Durante o jogo, cada time veste coletes de uma cor diferente. Um é numerado só com números pares e outro, só com ímpares. Para treinar tabuada, quando o aluno faz uma cesta, o professor pergunta imediatamente quanto é 2x2, por exemplo. Com a resposta certa, o time ganha mais um ponto - além do equivalente à cesta.
Entre em contato com Professor Marcelo Korfebol, Oficinas, cursos, palestras e clínicas em escolas de todo o Brasil email: marcelokorfebol@gmail.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário